Banda Hipnotize e Felipe Trindade e Guilherme Dutra são os vencedores
por Giovanni Nogueira
- GADERNAL: barulho para a elite - - foto de VANDRÉ
GADERNAL - barulho para a elite! - foto de VANDRÉ
Surpresa: banda Hipnotize não esperava premiação
Campeões na Categoria Geral: Guilherme e Felipe com teclado e voz mais uma vez premiados
É, não houve "confronto" entre guitarras e violões, o que se viu foi o contrário, muita risada e diversão entre os participantes... o "confronto" foi como deve ser: "sadio". E que duas coisas fiquem claras: não sou radical e nem preconceituoso. Vocês todos que me conhecem sabem disso, e têm liberdade para vir falar comigo ora bolas! Às vezes falamos demais ou de forma radical. Como disse pro Marquinho (ex-Paradoxo): "-Foi corrompido para o outro lado da força ?!" E ele: "Há muito tempo!" E com o Nilo Canedo:"-Vamos pintar esse cabelo e aprender a tocar rock and roll?" E ele: "Não dá tempo não meu filho..." E dá-lhe risada. Realmente aquele artigo ali embaixo sobre o "confronto" ficou meio radical, mas como o festival foi dividido em duas categorias... Parabéns a todos!
No concorrido festival da Associação Balbina Fonseca no último final de semana, a dupla Felipe e Guilherme levou a melhor na categoria Geral com a canção de amor “Amor de Phoenix”. A poesia de Marcelo Durval e o som cativante da canção “Um Novo Dia” do Hipnotize, envolveu os jurados levando o inesperado primeiro lugar aos roqueiros. O southernrock (funk/blues) do trio “O Celeiro das Rochas” levou o segundo lugar com “Fim de Jogo” numa apresentação memorável e o surpreso terceiro lugar ficou para a performance da banda ID com o rock “Estranha Realidade”.
Na categoria Geral, a bela “Existe um lugar” de Alex com a parceria de Nilo Canedo como intérprete e Léo, no baixo com arco, ficou com o segundo lugar e “Senzala”, também da dupla Felipe e Guilherme, levou o terceiro lugar com a magnífica apresentação da vocalista Joelma e arranjo grandioso do baterista/percussionista Marquinho (ex-Paradoxo) junto à dupla, criando efeitos de água, correntes e afins.
A vocalista Sheila Mell ganhou como Melhor Intérprete com a canção “Esperança” e a canção “Negro” ganhou Aclamação Popular. Pedro Pirata e os Alienígenas foi um dos destaques do festival ficando com o quarto lugar da categoria Bandas, bem como o axé de Baiano que animou o público presente. A canção “A morte é um anjo” de Murilo, bem no estilo regionalista de Zé Ramalho, também foi outra que encantou o público.
Nossa banda de rock, Gadernal apesar de não ter passado à final, foi muito aclamada, inclusive pelos músicos participantes, o que para mim foi nosso maior prêmio até hoje, vendo todos os músicos juntos aplaudindo, abraçando a gente e gritando ‘Gadernal! Gadernal!’ Isso mostra mais uma vez que o importante é trocar experiência com outros artistas e participar com alegria.
Gadernal: Ideologia punk em "Você Vai me Pirar" e "Lá em Casa Não Tem Campainha"
A pequena margem de diferença de pontos na classificação final mostrou a competitividade do evento. “Festival estimula a cada ano novas músicas em níveis cada vez mais apurados. Isso é muito bom para a cultura local” afirmou o percussionista Anderson Titi (ex-Folha de Arruda). Deve ser destacada também a importância do evento para o município, que terá mudanças para o próximo ano, como a possibilidade de realização de um evento em cada semestre com apenas um dia de apresentação, como cogitou (não confirmando) Paulinho Gomes.
Power Trio: O Celeiro das Rochas levou o segundo lugar na categoria Bandas
Banda Id: terceiro lugar na categoria Bandas
>BASTIDORES
Além dos principais ganhadores, e os destaques acima citados, há de serem mencionados os bastidores da festa. Com os músicos alocados em um ambiente à parte dos espectadores, foi possível que os mesmos trocassem idéias, se divertissem e torcessem para aqueles que estavam se apresentando. Alguns se concentravam no belo jardim da instituição, outros arejavam a mente tomando uma cerveja gelada, e ainda haviam aqueles que ajustavam seus instrumentos, seja “passando o som” ou afinando no chão na tomada do bebedouro, como fez o baterista do Gadernal afinando uma das guitarras da banda.
Muitos conhecidos juntos e um ambiente bem bacana. Baiano se divertia com os membros de sua banda no jardim, enquanto Nilo Canedo arrancava gargalhadas da galera no refeitório. Léo, baterista do Sotton foi solidário com a galera emprestando seu afinador ponta de linha, bem como Igor do O Celeiro das Rochas que emprestou sua fonte para o guitarrista Davi da banda Gadernal.
Esse clima de alegria não foi tão sentido no anfiteatro em que se alocavam as tímidas torcidas das canções, talvez devido à formalidade do evento. A presença de músicos não participantes como os membros do The Black Bullets, da banda Facy e da N’Place, além de ilustres como professor Pinheiro (Aulas de Violão e Guitarra -pinheiromusic.blogspot.com), Tiago Gordo (rockinvalenca.blogspot.com), e os musicólogos Vicente Medeiros e Professor Alexandre Fonseca foram extremamente importantes para engrandecimento do evento.
>A MODA NO FESTIVAL
A moda também foi sentida com estilos diversos, do afro ao punk. Joelma com maquiagem em grande destaque desfilou dois belos vestidos nas duas fases em que participou, e foi sem dúvida a mais elegante. Luana estilo punk com calça jeans rasgada e piercing foi colírio, assim como Sheila Mell, meio “punk-gótica”, bem contemporânea com meia calça preta sob saia/shortinho preto e uma blusinha branca... linda, linda. O Baiano trouxe a baianidade com roupas estilos afro, assim como o pessoal da canção Negro, que levou “Aclamação Popular”.
Sempre bem vestidos também a galera do Hipnotize: preto, jeans e cores básicas do rock, despertando atenção o botton Led Zeppelin (Skull Shop-Rock Wear) e a cruz no peito de Marcelo Valença. Marcelo Águia sem a tradicional bermuda, Marcus Prado e André Freitas sempre bem vestidos e Leonardo Esteves vestido de forma simpática. O M-45 no estilo teen das bandas de emocore/happy, e o Vermillion Theory com todos de preto com camisa da banda (preta com logo da mesma) também chamaram atenção - o vocalista com uma franja rockabilly. O Gadernal como grunge/punk, estampas xadrez, jeans sujo, camisas e calças rasgadas, meio “mendigos” também chamaram bem atenção. E as roupas básicas, grande maioria presente.
Na cabeça, o bonezinho style de Vandré, muito bem vestido, e o chapéu de Boi, vocalista do Oscaravelho, além do chapéu de malandro do Baiano e o de pescador de Pedro Pirata. O baterist da banda Gadernal com boné verde básico, assim como o batera Gelson com boné preto e camisa do Botafogo. Mas, o chapéu mais estiloso, à la “Neil Young”, foi de Ivan, violonista da canção “Geração 2000” ao lado de Pedro Pirata.
Em instrumentos, destacaram-se a guitarra “Zak Wilde”(ex-Ozzy) do Léo da Sotton e seu talabar (correia) dos “Beatles Yellow Submarine”, a guitarra de 1968 Snake Snow Ball de João (“A Morte é um Anjo”) tocada por Giovanni do Gadernal, o arco usado por Léo (“Existe um lugar”), a bela percussão da canção “Senzala”, o violão usado por Gustavo Gregorini, o case “hipnotize” de Marcelo Águia e o sino na canção “A Morte é um Anjo” se destacaram também em meio a baquetas deterioradas e paletas esfoladas.
E esse foi mais um panorama, nosso ponto de vista do festival que sempre marca os seus participantes, sejam espectadores, sejam músicos, rivais e amigos, profissionais, amantes da música e da cultura. Parabéns a todos! O importante é participar, e com alegria!
Destaque: Vestidos de Joelma chamaram a atenção
Estilo: Vandré com bonezinho da moda
Talabar: correia dos "Beatles Yellow" de Léo
De branco: Gustavo na defesa da música Negro
Estilo básico: Power trio "O Celeiro" 2º na categoria bandas
De fora: Murilo e banda vieram de outra cidade e apresentaram linda canção regionalista
Alex Correa, Léo e Nilo: 2º na Geral -parceria que deu certo com direito à arco no contra-baixo.
Timbre: José Luís Trindade abrilhantou canção dos "Os Bossais" de Wilson Forte e Paulo Marco
The Black Bullets esteva presente no evento.
Gadernal - suporte de Uliano(e) na bateria e Davi (d) na guitarra base
Marquinho: músico foi brilhante e decisivo na percussão de "Senzala"
Oscaravelho: rock-blues, e ponto.
Luana e banda!
Pedro Pirata e Ivan: MPB rock and roll!
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Há um ano
Aê Brother. Maneiro o post. Realmente muito legal a abordagem que vc fez, englobando muitos aspectos que passaram desapercebidos pras pessoas que ficaram só no teatro.
ResponderExcluirMesmo a galera tendo reclamado do "confinamento", isso deu a oportunidade do povo interagir.
E, sejamos honestos, o "table diving" do Paulinho foi impagável...rs.
Isso e todas as outras lembranças são prêmios reais do evento.
Pena que podia ter mais gente participando, mas que preferiu estar só "do outro lado do balcão" desta vez.
Quebrar preconceitos, expandir a mente, botar pilha pro movimento... isso é que vale.
E parabéns pela performance. Foi de prima.
Abração.
Marcelo Valença
Isso aí Marcelo. Somos artistas. Temos apenas uma lei que nos rege: viver. Pude sentir de perto a aura artística de todos presentes. A MPB olho com muito repeito apesar de não gostar. A canção do Alex Correa com Nilo e Léo foi apaixonante, um dos melhores momentos, assim como Senzala... além de outros. Preciso aprender a tocar MPB - pelo menos pra tocar domingo de manhã! Feliz por tudo e por todos! Parabéns à nós artistas de Valença!
ResponderExcluirBelíssima cobertura do evento. Pena não ter saído completa no Jornal Local. Na verdade a sua matéria foi melhor que o festival em si (rs rs rs).
ResponderExcluirGrande Festival que dá vez a pirata de músicas ... Plagiar é crime meu irmão. Se não tem capacidade de compor musicas e simples, e só pedir ao verdadeiro autor das letras e por os créditos dele. Sendo o compositor um cara tão simples e de boa índole que liberaria as musicas pra você.
ResponderExcluirAntes que eu me esqueça as musicas são :
Geração 2000, anos 60;
A Criança e o Monstro;
O autor dessas músicas se chama Rômulo Ferreira e não Pedro “Ladrão de Músicas” Pirata.