quinta-feira, 23 de setembro de 2010

II Festival de Música da ABF

Banda Hipnotize e Felipe Trindade e Guilherme Dutra são os vencedores

por Giovanni Nogueira

- GADERNAL: barulho para a elite - - foto de VANDRÉ

GADERNAL - barulho para a elite! - foto de VANDRÉ

Surpresa: banda Hipnotize não esperava premiação


Campeões na Categoria Geral: Guilherme e Felipe com teclado e voz mais uma vez premiados

É, não houve "confronto" entre guitarras e violões, o que se viu foi o contrário, muita risada e diversão entre os participantes... o "confronto" foi como deve ser: "sadio". E que duas coisas fiquem claras: não sou radical e nem preconceituoso. Vocês todos que me conhecem sabem disso, e têm liberdade para vir falar comigo ora bolas! Às vezes falamos demais ou de forma radical. Como disse pro Marquinho (ex-Paradoxo): "-Foi corrompido para o outro lado da força ?!" E ele: "Há muito tempo!" E com o Nilo Canedo:"-Vamos pintar esse cabelo e aprender a tocar rock and roll?" E ele: "Não dá tempo não meu filho..." E dá-lhe risada. Realmente aquele artigo ali embaixo sobre o "confronto" ficou meio radical, mas como o festival foi dividido em duas categorias... Parabéns a todos!
No concorrido festival da Associação Balbina Fonseca no último final de semana, a dupla Felipe e Guilherme levou a melhor na categoria Geral com a canção de amor “Amor de Phoenix”. A poesia de Marcelo Durval e o som cativante da canção “Um Novo Dia” do Hipnotize, envolveu os jurados levando o inesperado primeiro lugar aos roqueiros. O southernrock (funk/blues) do trio “O Celeiro das Rochas” levou o segundo lugar com “Fim de Jogo” numa apresentação memorável e o surpreso terceiro lugar ficou para a performance da banda ID com o rock “Estranha Realidade”.
Na categoria Geral, a bela “Existe um lugar” de Alex com a parceria de Nilo Canedo como intérprete e Léo, no baixo com arco, ficou com o segundo lugar e “Senzala”, também da dupla Felipe e Guilherme, levou o terceiro lugar com a magnífica apresentação da vocalista Joelma e arranjo grandioso do baterista/percussionista Marquinho (ex-Paradoxo) junto à dupla, criando efeitos de água, correntes e afins.
A vocalista Sheila Mell ganhou como Melhor Intérprete com a canção “Esperança” e a canção “Negro” ganhou Aclamação Popular. Pedro Pirata e os Alienígenas foi um dos destaques do festival ficando com o quarto lugar da categoria Bandas, bem como o axé de Baiano que animou o público presente. A canção “A morte é um anjo” de Murilo, bem no estilo regionalista de Zé Ramalho, também foi outra que encantou o público.
Nossa banda de rock, Gadernal apesar de não ter passado à final, foi muito aclamada, inclusive pelos músicos participantes, o que para mim foi nosso maior prêmio até hoje, vendo todos os músicos juntos aplaudindo, abraçando a gente e gritando ‘Gadernal! Gadernal!’ Isso mostra mais uma vez que o importante é trocar experiência com outros artistas e participar com alegria.

Gadernal: Ideologia punk em "Você Vai me Pirar" e "Lá em Casa Não Tem Campainha"

A pequena margem de diferença de pontos na classificação final mostrou a competitividade do evento. “Festival estimula a cada ano novas músicas em níveis cada vez mais apurados. Isso é muito bom para a cultura local” afirmou o percussionista Anderson Titi (ex-Folha de Arruda). Deve ser destacada também a importância do evento para o município, que terá mudanças para o próximo ano, como a possibilidade de realização de um evento em cada semestre com apenas um dia de apresentação, como cogitou (não confirmando) Paulinho Gomes.

Power Trio: O Celeiro das Rochas levou o segundo lugar na categoria Bandas

Banda Id: terceiro lugar na categoria Bandas


>BASTIDORES

Além dos principais ganhadores, e os destaques acima citados, há de serem mencionados os bastidores da festa. Com os músicos alocados em um ambiente à parte dos espectadores, foi possível que os mesmos trocassem idéias, se divertissem e torcessem para aqueles que estavam se apresentando. Alguns se concentravam no belo jardim da instituição, outros arejavam a mente tomando uma cerveja gelada, e ainda haviam aqueles que ajustavam seus instrumentos, seja “passando o som” ou afinando no chão na tomada do bebedouro, como fez o baterista do Gadernal afinando uma das guitarras da banda.
Muitos conhecidos juntos e um ambiente bem bacana. Baiano se divertia com os membros de sua banda no jardim, enquanto Nilo Canedo arrancava gargalhadas da galera no refeitório. Léo, baterista do Sotton foi solidário com a galera emprestando seu afinador ponta de linha, bem como Igor do O Celeiro das Rochas que emprestou sua fonte para o guitarrista Davi da banda Gadernal.
Esse clima de alegria não foi tão sentido no anfiteatro em que se alocavam as tímidas torcidas das canções, talvez devido à formalidade do evento. A presença de músicos não participantes como os membros do The Black Bullets, da banda Facy e da N’Place, além de ilustres como professor Pinheiro (Aulas de Violão e Guitarra -pinheiromusic.blogspot.com), Tiago Gordo (rockinvalenca.blogspot.com), e os musicólogos Vicente Medeiros e Professor Alexandre Fonseca foram extremamente importantes para engrandecimento do evento.


>A MODA NO FESTIVAL

A moda também foi sentida com estilos diversos, do afro ao punk. Joelma com maquiagem em grande destaque desfilou dois belos vestidos nas duas fases em que participou, e foi sem dúvida a mais elegante. Luana estilo punk com calça jeans rasgada e piercing foi colírio, assim como Sheila Mell, meio “punk-gótica”, bem contemporânea com meia calça preta sob saia/shortinho preto e uma blusinha branca... linda, linda. O Baiano trouxe a baianidade com roupas estilos afro, assim como o pessoal da canção Negro, que levou “Aclamação Popular”.
Sempre bem vestidos também a galera do Hipnotize: preto, jeans e cores básicas do rock, despertando atenção o botton Led Zeppelin (Skull Shop-Rock Wear) e a cruz no peito de Marcelo Valença. Marcelo Águia sem a tradicional bermuda, Marcus Prado e André Freitas sempre bem vestidos e Leonardo Esteves vestido de forma simpática. O M-45 no estilo teen das bandas de emocore/happy, e o Vermillion Theory com todos de preto com camisa da banda (preta com logo da mesma) também chamaram atenção - o vocalista com uma franja rockabilly. O Gadernal como grunge/punk, estampas xadrez, jeans sujo, camisas e calças rasgadas, meio “mendigos” também chamaram bem atenção. E as roupas básicas, grande maioria presente.
Na cabeça, o bonezinho style de Vandré, muito bem vestido, e o chapéu de Boi, vocalista do Oscaravelho, além do chapéu de malandro do Baiano e o de pescador de Pedro Pirata. O baterist da banda Gadernal com boné verde básico, assim como o batera Gelson com boné preto e camisa do Botafogo. Mas, o chapéu mais estiloso, à la “Neil Young”, foi de Ivan, violonista da canção “Geração 2000” ao lado de Pedro Pirata.
Em instrumentos, destacaram-se a guitarra “Zak Wilde”(ex-Ozzy) do Léo da Sotton e seu talabar (correia) dos “Beatles Yellow Submarine”, a guitarra de 1968 Snake Snow Ball de João (“A Morte é um Anjo”) tocada por Giovanni do Gadernal, o arco usado por Léo (“Existe um lugar”), a bela percussão da canção “Senzala”, o violão usado por Gustavo Gregorini, o case “hipnotize” de Marcelo Águia e o sino na canção “A Morte é um Anjo” se destacaram também em meio a baquetas deterioradas e paletas esfoladas.
E esse foi mais um panorama, nosso ponto de vista do festival que sempre marca os seus participantes, sejam espectadores, sejam músicos, rivais e amigos, profissionais, amantes da música e da cultura. Parabéns a todos! O importante é participar, e com alegria!

Destaque: Vestidos de Joelma chamaram a atenção



Estilo: Vandré com bonezinho da moda


Talabar: correia dos "Beatles Yellow" de Léo


De branco: Gustavo na defesa da música Negro


Estilo básico: Power trio "O Celeiro" 2º na categoria bandas


De fora: Murilo e banda vieram de outra cidade e apresentaram linda canção regionalista


Alex Correa, Léo e Nilo: 2º na Geral -parceria que deu certo com direito à arco no contra-baixo.


Timbre: José Luís Trindade abrilhantou canção dos "Os Bossais" de Wilson Forte e Paulo Marco



The Black Bullets esteva presente no evento.

Gadernal - suporte de Uliano(e) na bateria e Davi (d) na guitarra base

Marquinho: músico foi brilhante e decisivo na percussão de "Senzala"


Oscaravelho: rock-blues, e ponto.


Luana e banda!


Pedro Pirata e Ivan: MPB rock and roll!